Gestão da Integridade Estrutural: Garantia de Segurança e Continuidade Operacional

Uma gestão eficaz de ativos em indústrias que operam grandes estruturas e equipamentos, como as dos setores petroquímico, siderúrgico e de infraestrutura, é essencial para garantir a segurança e a eficiência das operações. Nessas indústrias, os ativos estão constantemente expostos a condições extremas e a diversos desafios operacionais, o que torna fundamental preservar a integridade estrutural desses ativos para assegurar que se mantenham em condições adequadas de segurança e operação. Nesse contexto, a Gestão da Integridade de Ativos (AIM, do inglês Asset Integrity Management) surge como uma abordagem indispensável a ser implementada por essas organizações.

Integridade Estrutural: A Base para Operações Seguras e Eficientes

Manter a integridade estrutural dos ativos significa garantir que eles operem dentro de seus limites de segurança, sem sofrer deformações e sem comprometer sua funcionalidade. Em setores onde ativos críticos são constantemente expostos a condições adversas, como corrosão, erosão e fadiga, a integridade estrutural torna-se fundamental para assegurar a continuidade das operações. Um sistema eficaz de gestão de integridade de ativos identifica e mitiga esses riscos por meio de rotinas de inspeção, avaliações de riscos, gerenciamento de dados, manutenção e reparos. O diferencial de um sistema AIM está em identificar e tratar anomalias logo nos primeiros sinais de deterioração, prevenindo que problemas aparentemente pequenos, como a falta de pintura, evoluam para falhas estruturais catastróficas.

Ideia: incluir – se possível – uma imagem mostrando a evolução de uma anomalia até uma falha

Pintura descansando > Corrosão leve localizado > Formação de placa > Perda de seção total > Falha total

Exemplos:

Instagram post 114 - R1 Asset Integrity

AIM: Estratégia Fundamental para Mitigar Riscos Estruturais

Quando a integridade do ativo é negligenciada e ocorre uma falha, isso resulta em perdas financeiras e de produção consideráveis, como paralizações operacionais não programadas e a necessidade de reparos e alocação de recursos emergenciais. Entretanto, no caso de uma falha estrutural as consequências são ainda mais graves: além dos impactos citados, essas falhas são quase sempre catastróficas, representando riscos elevados à segurança das operações, do meio ambiente e, principalmente, das pessoas.

Acidentes que resultam na perda da integridade estrutural – como a explosão de uma caldeira, a ruptura de pipelines ou perda de componentes críticos de uma estrutura – geram prejuízos consideráveis para as organizações. Essas falhas estruturais são, em grande parte, causadas por erros de projeto, execução inadequada ou negligência de manutenção.

O colapso da Ponte Morandi, ocorrido em 2018 na cidade de Genova na Itália, é um dos inúmeros exemplos das consequências trágicas da falta de uma gestão da integridade estrutural. A tragédia resultou em 43 mortes, sendo causada pela corrosão avançada não tratada e pela fadiga da estrutura. A negligência na manutenção e a ausência de um sistema eficiente de AIM para monitorar as condições da ponte permitiram que pequenos problemas evoluíssem para uma falha de grandes proporções. Este caso, assim como muitos outros, destaca a importância de uma abordagem contínua e rigorosa na gestão da integridade dos ativos, não apenas para evitar falhas e prolongar a vida útil dos ativos, mas para assegurar a segurança das pessoas que dependem delas.

A Gestão da Integridade de Ativos é uma estratégia focada em garantir a confiabilidade e a segurança dos ativos ao longo de todo o seu ciclo de vida. O AIM adota uma abordagem proativa, permitindo o monitoramento contínuo das condições estruturais. Dessa forma, as organizações conseguem rastrear, documentar e corrigir não conformidades antes que se tornem problemas críticos. Com a implementação de um sistema robusto de AIM, os gestores têm uma visão holística e detalhada da condição dos ativos, possibilitando decisões baseadas em dados e a execução oportuna de ações corretivas. de forma oportuna.

Conclusão: AIM como Pilar da Integridade Estrutural

Casos como o da Ponte Morandi ilustram qual é o impacto de uma gestão inadequada ou ausente da integridade estrutural. A adoção de um sistema de Gestão de Integridade de Ativosnão é apenas uma medida de prevenção contra falhas estruturais, mas também uma estratégia para garantir operações seguras, eficientes e sustentáveis. Um sistema eficaz de AIM transforma a abordagem de manutenção de reativa para proativa, minimizando riscos e assegurando a continuidade das operações industriais. A integridade estrutural deve ser uma prioridade estratégica para qualquer organização que busque longevidade e eficiência em suas operações. Ao promover a segurança, transparência e conformidade, o AIM estabelece um alicerce sólido para a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo.

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